Rivera, Uruguay

A grande praça no Parque Internacional
Foi em dezembro de 2013, numa sexta-feira de manhã, por volta das 5 horas, que minha mulher e eu, partimos aqui de Bento Gonçalves, RS para Rivera, no Uruguai, apenas 520 km nos separavam. Foi num instalo, mal havíamos decidido e já estávamos partindo para lá.

Na quinta-feira a noite preparei a moto, a rotina de sempre, pneus, luzes, correia e gasolina, levaríamos pouca coisa pois seria um bate e volta, se assim posso dizer, então aprontamos somente o bauleto traseiro, com roupas e calçados para passar uma noite, lembrando que voltaríamos com alguma lembrancinha de lá. E fomos dormir para pegar a estrada bem cedo.

Levantamos por volta das 4 horas, para trocarmos e tomar um bom café da manhã, para aguentar o trajeto. Quando chegou 5 horas, subimos na moto e pegamos a estrada. Era ainda muito escuro, quando pegamos a BR-470, em direção a Garibaldi, para pegar a Rota do Sol, a rodovia RS-453 pelo Polo de Lajeado.

Trocamos de rodovia passando por Carlos Barbosa, Boa Vista do Sul, Westfália, chegando perto de Teutônia, o sol já se mostrava tímido, com nós deslizando pela estrada, continuamos para chegar a Estrela onde trocamos mais uma vez de auto-estrada, desta vez para RS-386. Mas por um breve período, pois já tínhamos que trocar em Lajeado para a continuação da RS-453, que nos levava a Venâncio Aires, passando por Mato Leitão. Por esta estrada havia um posto de gasolina, onde parei para descansar um pouco, esticar as pernas e comer alguma coisinha.

Seguindo de Venâncio, para a BR-287, passamos por Santa Cruz e Vera Cruz, seguindo por Candelária, Novos Cabrais, Paraíso do Sul, por fim chegando em Santa Maria, onde fomos rever alguns amigos e parentes. Ficamos lá até o almoço, para descansar um pouco da nossa aventura, pois havíamos percorrido já um tanto mais que 300 km.

Por volta das 13 horas decidimos partir para Santana do Livramento, pois ainda tínhamos que procurar um hotel ou uma pousada. Então terminamos de atravessar a cidade, paramos para abastecer, e fomos para pegar a BR-158, onde já começava a ficar deserto, o fluxo de veículos diminui, a vista de casas é quase nula, assim como de postos de combustíveis, há somente estradas pequenas de terra, a via principal na qual estava e campos. Até paramos para bater umas fotos, pois havíamos achado cavalos em meio a estas pastagens.
Trecho da BR-158, entre Santa Maria e Rosário do Sul
Quando chegamos a BR-290, pegamos para Rosário do Sul, e já que não conhecia a região e nem quantos km faltavam, decidi parar para abastecer novamente. Estava quente o dia, entre primavera e verão, hidratação não podia faltar em nossa parada antes de pegar a estrada novamente.

Tudo feito, é hora de prosseguir, pelo pequeno trecho da BR-290 para voltar para a continuação da BR-158, nossa reta final para chegar em Santana do Livramento. Nesta parte da estrada começou a maior reta do percurso, a estrada estava vazia, tanto que andei por mais de 10 min sem baixar a velocidade da moto, era só o subir e descer da estrada.

O Cerro das Palomas, cartão postal de Santana do Livramento

Lá pelas tantas começamos a ver o cartão postal da cidade, o Cerro das Palomas, uma formação geológica que recebeu esta denominação devido aos bandos de pombas que habitavam as suas curiosas escarpas, tendo em visto que pomba, em espanhol, é chamada de paloma, localiza-se a 20 km da cidade. Onde quando nos aproximamos não podíamos deixar de parar e tirar mais algumas fotos.

Seguimos depois de uns clicks, a cidade estava perto. Quando chegamos fomos procurar um hotel, paramos perto de um ponto de moto táxi, onde havíamos passado por um hotel. Enquanto minha mulher foi ver o hotel eu fiquei conversando com os moto taxistas que ali estavam, me indicaram outros hotéis, mais perto e mais em conta do que aquele que a Letícia foi ver.

Seguimos o conselho, achamos uma pequena pousada, sem garagem, mas confortável e bem em conta. Era por volta das 15 horas, estávamos com o check-in feito,  o dono nos autorizou a colocar a moto dentro do corredor, próximo a porta do quarto, achei o máximo aquilo.

Roupas trocadas, é hora de se aventurar em Rivera, cruzando a fronteira entre Brasil e Uruguai, fomos caminhando para poder parar nos Free Shops, lojinhas e praças, caminhamos bastante, umas 3 horas por diversas ruas, sendo elas principais ou não. Passeamos nas plazas do General Artigas e a Plaza das Flores, sem contar no Parque Internacional, praça onde tem a divisão dos países.

Fizemos algumas compras entre bebidas e perfumes, um pouco de doces, para ser mais exato alfajores (doce tradicional da Espanha, Argentina, Chile, Peru, Uruguai e outros países ibero-americanos). Pouca coisa pois só havíamos ido até ai para nos aventurar um pouco. Paramos em um restaurante para nos refrescarmos com boas cervejas uruguaias.

Ao fim da tarde voltamos ao hotel para um banho, descansar um pouco as pernas, para voltar para as ruas para jantarmos algo. Optamos por lanches rápidos, pois queríamos aproveitar as ruas mais um pouco antes de irmos para cama.

Depois de um bom tempo voltamos para o hotel, finalmente era pra descansar. Uma boa noite de sono revigora as energias, estávamos novos. Fomos fazer o check-out antes de partirmos para retornarmos para casa.

A viagem de volta foi tranquila, voltamos pelo mesmo percurso que havíamos percorrido. Com algumas pausas para descanço.

Segue algumas fotos da viagem:

Mapa aproximado do trajeto que fiz até Rivera, Uruguai

Letícia distraída, pois estava admirando um pouco da paisagem 

Belos cavalos estavam soltos pelo campo

Ao fundo o majestoso Cerro das Palomas 

Mapa de Santana de Livramento

Marco do centenário de Livramento

Parque Internacional, praça que divide Brasil e Uruguai 

Antiquário com diversas coisas e tecidos

Monumento ao General Artigas

Banco de la Republica, na principal via de Rivera

Degustando um pouco das cervejas
Monumento as Mães, no Parque Internacional
Monumento a Aparicio Saravia, no Parque Internacional


Pegando a estrada para voltar para casa

Minha máquina desta viagem, em um pequeno descanso

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